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Distúrbios do movimento (PARKINSON, DISTONIA, TREMOR)

Distúrbios do movimento são condições neurológicas que afetam a velocidade, controle, qualidade e destreza dos movimentos do corpo. Os sintomas podem incluir tremores, movimentos involuntários e lentificação ou ausência do movimento (hipocinesia). Essas condições são frequentemente debilitantes e progressivas. A estimulação cerebral profunda (DBS) é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo utilizado no controle de distúrbios do movimento, através desse tratamento, pacientes podem obter melhora significativa de seus sintomas e de sua qualidade de vida.
Os principais tipos de distúrbios do movimento são:

DOENÇA DE PARKINSON:

A Doença de Parkinson é uma doença neurológica, degenerativa, crônica e progressiva que ocorre, em sua maioria, em pessoas acima de 65 anos. A doença costuma instalar-se de forma lenta e progressiva, e os sintomas variam de um paciente para o outro. A lentidão dos movimentos e os tremores nas das mãos, costumam ser os primeiros sinais. Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; acinesia (redução da quantidade de movimentos), distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.

O tratamento dos distúrbios do movimento é realizado, na maioria dos casos, através do uso de medicações. Porém, um significativo número de pacientes apresentam sintomas refratários ou desenvolvem efeitos colaterais importantes ao uso de medicamentos. Nesses casos, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. Para aumentar a segurança e obter os melhores resultados, o procedimento cirúrgico deve sempre ser realizado por uma equipe formado por um neurocirurgião com especialização em neurocirurgia funcional, neurofisiologista e neurologista. Os procedimentos cirúrgicos para tratamento da Doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento incluem tratamentos neuromodulatórios e ablativos. A vantagem da estimulação cerebral é que o efeito é ajustável e reversível, enquanto que a ablação é definitiva e não modificável.

TREMOR ESSENCIAL:

A mais comum desordem de movimento é tremor essencial. A desordem é caracterizada por agitação da mão ou os dedos quando ele tenta executar uma tarefa. Os tremores são, geralmente, movimentos involuntários, rítmicos ou pendular de uma parte do corpo. Tremor essencial geralmente afeta as mãos e os pés, mas voz tremores e tremores de cabeça também são vistos. Pode levar a grave deficiência.

DISTONIA:

As distonias são contrações musculares sustentadas, causando abalos lentos, tremores, movimentos de torção e posturas anormais. Os sintomas podem ser leves ou severos, levando muitas vezes a restrições nas atividades diárias. Essa doença pode ser hereditária ou causada por traumas cranianos, infecção ou uso de medicações. As formas mais comuns de distonia são: distonia cervical (torcicolo espasmódico), blefaroespasmo e distonia focal na mão.Ocorre a contração simultânea de músculos agonistas (que facilitam o movimento desejado) e antagonistas (que dificultam o movimento desejado).

Estimulação Cerebral Profunda (DBS):

A estimulação cerebral profunda é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo utilizado no controle de distúrbios do movimento. Através desse tratamento, pacientes com Doença de Parkinson, Tremor Essencial e Distonia podem obter melhora significativa de seus sintomas e de sua qualidade de vida.

O DBS é um aparelho de neuroestimulação, semelhante ao marca-passo cardíaco, que libera de forma precisa impulsos elétricos em regiões específicas do cérebro. A atividade elétrica anormal dos circuitos cerebrais nessas regiões é uma das causa dos sintomas apresentados pelos pacientes com Doença de Parkinson. O impulso elétrico produzido pelo aparelho de DBS bloqueia essa atividade elétrica anormal fazendo com o que o cérebro funcione normalmente. A neuroestimulação produz uma melhora importante dos sintomas que antes eram tratados com uso de medicações, mas que deixaram de responder adequadamente. Além disso, o DBS leva a redução na quantidade ingerida de medicamentos e nas complicações do seu uso crônico.

O procedimento de implante de DBS é realizado em duas etapas. Na primeira parte, o eletródio é implantado no alvo pré-determinado pela equipe médica. Esse implante pode ser realizado com o paciente acordado e apenas com anestesia local, sendo possível observar a resposta do paciente e mapear a atividade elétrica cerebral, aumentando a precisão do procedimento. Em alguns casos, é possível realizar o implante com o paciente sob anestesia geral, baseando-se apenas nas coordenadas obtidas através de exames de neuroimagem e em atlas cerebrais específicos.
Na segunda etapa o gerador de pulsos (semelhante ao marca-passo cardíaco) é implantando abaixo da pele na região torácica, e os eletrodos são conectados no espaço subcutâneo. Essa etapa é realizada sempre sob o efeito de uma anestesia geral. As duas etapas descritas são concluídas normalmente em no único dia.

Após o período de recuperação pós-operatória e cicatrização, o aparelho de neuroestimulação será programado para obter o melhor controle dos sintomas sem efeitos colaterais. O ajuste da localização e intensidade da estimulação é realizado através de um aparelho sem fio colocado por sobre a pele do paciente, no local onde o gerador foi implantado. Normalmente, são necessários alguns ajustes, que são realizados no próprio consultório médico, para atingir o máximo resultado esperado.

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